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Hipertensão arterial sistêmica em cães e gatos – o que há de novo?

InPulse • May 13, 2019

No último ACVIM foram levantados alguns pontos que questionam a aferição de pressão arterial (PA) e diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) em cães e gatos. O padrão ouro para esta aferição se dá pela avaliação central, porém, sabemos que usualmente os aparelhos utilizados constituem o Doppler e dispositivos oscilométricos. Estes aparelhos, para uma aferição confiável, devem ser testados para cada espécie animal e, juntamente, a experiência do operador tem grande influência sobre a acurácia dos resultados.

O ambiente de escolha para a coleta de resultados do exame e o estado emocional do paciente têm grande influência. Não podemos esquecer da hipertensão situacional, induzida por ansiedade ou excitação, antes da confirmação do quadro de HAS. Para evitar tais interferências, recomenda-se que as aferições sejam realizadas distantes de outros pacientes, bem como com o paciente por pelo menos 5-10 minutos em ambientação local e, sempre que possível, com o proprietário presente. O manguito deve ser de acordo com o tamanho do animal, e as aferições devem conter 5 ou mais repetições.

O aumento da PA pode ocorrer, como já mencionado, em momentos onde existem fatores causadores de estresse, em associação com processos patológicos (secundária) e na ausência destes (hipertensão idiopática). Nesta última, os resultados de exames caminham normalmente, sem alterações em hemograma, bioquímica sérica e urinálise. Pode-se incluir, a fim de investigação, exame de ultrassom abdominal, concentrações séricas de dimetilarginina simétricas (SDMA), taxa de filtração glomerular (TGF), avaliação quantitativa de proteinúria, concentração sérica de tiroxina (apenas no gato) e de cortisol (cães). Testes adicionais podem incluir aldosterona sérica e urinária, e concentração de catecolaminas.

A HAS, a longo prazo, resulta em lesão em tecidos e comprometimento de órgãos, necessitando assim, de tratamento. Mais comumente observados, as lesões se dão em rins, caminhando com doença renal crônica; olhos, com hifema, retinopatia e coroidopatia hipertensiva; acidente vascular encefálico, onde apresentam convulsões, alterações mentais e déficits neurológicos não explicados; coração e vasos sanguíneos, onde resulta em hipertrofia de ventrículo esquerdo, insuficiência cardíaca congestiva esquerda (incomum) e quadros de aneurisma aórtico.

O diagnóstico da HAS deve ser validado de acordo com a mensuração confiável da PA, e as decisões terapêuticas baseiam-se nos seus resultados. A presença de lesões em órgãos-alvo justificam o início de um tratamento. Em casos pré-hipertensão (140-159mmHg) ou HAS com risco moderado (160-179 mmHg) as aferições devem ocorrer entre 4-8 semanas. Animais com HAS grave (> 180 mmHg) o risco de lesões orgânicas são altos, e as aferições devem ocorrer semanalmente ou, no máximo, quinzenalmente.

Animais hipertensos moderados ou graves devem ser tratados, objetivando que a PA diminua ao status pré-hipertenso ou normotenso. Frequentemente, a HAS em cães e gatos é secundária (>80% dos casos) e, nesta ordem, a terapêutica anti-hipertensiva deve ser iniciada juntamente com o tratamento da causa base. Além da causa base, se órgãos afetados pela HAS também devem ser tratados.

Quando o tratamento instituído à causa base é eficaz, pode haver resolução completa ou parcial da PA elevada. A decisão do uso de drogas anti-hipertensivas deve basear-se na integração de todas as informações clinicamente disponíveis, visando sempre o bem-estar e qualidade de vida do paciente.

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Dra. Larissa Seibt

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