A saúde cardíaca dos animais é uma preocupação crescente entre os veterinários, pois muitos problemas cardíacos podem ser silenciosos, manifestando-se de forma subclínica até estarem em estágios avançados. A eletrocardiografia veterinária (ECG veterinário) é uma ferramenta fundamental na identificação precoce dessas condições.
Através do ECG, é possível avaliar a atividade elétrica do coração dos animais, identificar arritmias, insuficiências e outras condições cardíacas. Um dos componentes essenciais dessa avaliação são as derivações. Neste artigo, vamos explorar como as derivações funcionam na eletrocardiografia veterinária e qual a sua importância na avaliação da saúde cardiovascular de animais.
Na eletrocardiografia veterinária, as derivações são o meio pelo qual a atividade elétrica do coração é registrada a partir de diferentes pontos no corpo do animal. Elas são essencialmente combinações de eletrodos posicionados em locais específicos que capturam a propagação dos impulsos elétricos gerados pelo coração. Esses impulsos são representados por ondas, que são analisadas para diagnosticar doenças cardíacas.
As derivações permitem a obtenção de uma visão tridimensional da atividade elétrica do coração, sendo possível observar a direção e a intensidade dos impulsos elétricos em diferentes ângulos. Cada derivação gera um gráfico distinto, mas todos os registros juntos fornecem um quadro completo da saúde cardíaca do animal.
As derivações desempenham um papel crucial na identificação e monitoramento de doenças cardíacas em animais. Elas fornecem uma série de informações vitais, como:
As derivações oferecem uma visão detalhada da propagação do impulso elétrico no coração, proporcionando uma visão completa do comportamento das ondas. Essa visão em várias direções facilita a detecção de irregularidades, como bloqueios ou outras disfunções na condução elétrica do coração.
Com a utilização das diversas derivações, é possível identificar uma gama de problemas cardíacos, desde arritmias até insuficiências cardíacas. Por exemplo, alterações nos intervalos e nas ondas do ECG podem indicar um bloqueio cardíaco ou a presença de arritmias, como taquicardia ou bradicardia, permitindo ao veterinário atuar rapidamente para tratar a condição.
Em animais que vão se submeter a procedimentos cirúrgicos, principalmente aqueles com doenças cardíacas, as derivações podem ser usadas para monitorar a função cardíaca durante a anestesia e em sua recuperação. O acompanhamento da atividade elétrica do coração garante que qualquer alteração seja detectada rapidamente e tratada de forma eficaz.
Além disso, a interpretação das derivações também é fundamental após a realização de cirurgias cardíacas, para verificar se o procedimento foi bem-sucedido e se o animal está se recuperando adequadamente.
A eletrocardiografia veterinária permite a identificação precoce de arritmias, distúrbios do ritmo cardíaco que podem levar a complicações graves. A análise das derivações auxilia na identificação de diferentes tipos de arritmias, possibilitando que o veterinário tome medidas preventivas ou corretivas de forma precisa.
As derivações no eletrocardiograma veterinário são classificadas em três tipos principais: derivações bipolares, unipolares e precordiais. Cada tipo de derivação tem uma função específica e oferece uma visão diferente da atividade elétrica do coração. Vamos conhecer cada uma delas.
O sistema de derivações bipolares é o mais comum e baseia-se no método de Einthoven, que utiliza três eletrodos para captar a atividade elétrica em três diferentes ângulos. Essas derivações, chamadas de "padrão", são identificadas pelas letras I, II e III. Cada uma dessas derivações representa uma combinação de dois eletrodos:
Essas derivadas fornecem uma visão geral do coração em um plano frontal e são ideais para avaliar a atividade elétrica de forma simples e eficiente.
As derivações unipolares captam os sinais elétricos a partir de um único eletrodo ativo, em comparação com as derivações bipolares que utilizam dois eletrodos. Nesse sistema, é usado um eletrodo de referência comum a todas as derivações, o que permite uma avaliação mais detalhada de determinados ângulos do coração.
Essas derivações são classificadas em duas categorias: derivações precordiais unipolares e derivações de membros unipolares. As derivações de membros, por exemplo, incluem o sistema de VR (voltaje de referencia) e VL (voltaje de los miembros).
As derivações precordiais são colocadas diretamente sobre a parede torácica do animal e fornecem uma visão mais próxima da atividade elétrica do coração. Elas são essenciais para identificar problemas no ventrículo esquerdo e direito, além de fornecer detalhes sobre a condução elétrica na região do septo e nas câmaras cardíacas.
Essas derivações são particularmente importantes quando se deseja analisar a função cardíaca de maneira mais detalhada, especialmente em animais com doenças cardíacas avançadas.
A interpretação dos resultados de um ECG veterinário depende da análise de ondas e intervalos, como as ondas P, QRS e T, que representam as diferentes fases da atividade elétrica do coração. Aqui estão alguns pontos importantes a considerar:
A análise do intervalo entre essas ondas, como o intervalo PR, intervalo QT e o intervalo RR, é essencial para a detecção de distúrbios do ritmo e anomalias.
Durante a interpretação, padrões anormais podem ser observados, como ondas de alta amplitude, intervalos prolongados ou complexos QRS alterados. Esses padrões podem indicar a presença de arritmias, bloqueios cardíacos ou outros problemas.
É importante estar atento aos erros e interferências que podem ocorrer durante o exame, como o movimento do animal, o mau posicionamento dos eletrodos ou até mesmo falhas nos equipamentos. Tais problemas podem distorcer os resultados e dificultar a interpretação correta do ECG.
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Este modelo é ideal para veterinários que buscam um equipamento compacto e eficiente, com 6 derivações para uma análise geral da saúde cardíaca dos animais. Ele oferece fácil manuseio e resultados rápidos, sendo indicado para clínicas veterinárias de pequeno porte.
Com 12 derivações, este modelo proporciona uma visão ainda mais detalhada da atividade elétrica do coração, sendo altamente recomendado para diagnóstico de condições cardíacas mais complexas. Ideal para hospitais veterinários e clínicas que lidam com casos cardíacos avançados.
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