A ozonioterapia é uma técnica terapêutica que utiliza o ozônio medicinal, uma mistura de oxigênio e ozônio, como agente terapêutico em um grande número de patologias. A medicina veterinária brasileira tem se utilizado dessa terapia de forma exclusiva e complementar, tanto para o tratamento de cães e gatos, como de eqüinos.
É uma terapia natural, com poucas contra-indicações e efeitos secundários mínimos, se realizada corretamente. A ozonioterapia, lançada há 60 anos na Alemanha, atualmente é reconhecida pelo sistema de saúde de muitos países, incluindo a própria Alemanha, França, Itália, Rússia, Austrália, Suíça, Polônia, Ucrânia, Egito, Grécia, Cuba, e também em 15 estados dos Estados Unidos.
No Brasil, começou a ser empregada há 40 anos e, conforme assinala a Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), tem crescido muito o número de trabalhos acadêmicos sobre o tema. A luta da entidade é pela regulamentação e divulgação da técnica em nosso país.
O Dr. Alexandre Martini de Brum, médico veterinário formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e doutorado em Nefrologia e Urologia de Cães e Gatos, defende o uso da ozonioterapia , ao lado da terapia com células-tronco e da nutrologia, como peças chave na chamada medicina integrativa e preventiva.
É bastante ampla a listagem de doenças que se beneficiam da ozonioterapia, de acordo com a Aboz. Entre elas, as patologias causadas pelos problemas circulatórios, doenças virais como hepatites, herpes simples e herpes zoster, dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas, feridas infectadas de difícil cicatrização, e até terapia complementar para vários tipos de câncer.
A médica veterinária capixaba, Sueli Moreira da Silva , especializada no uso da ozonioterapia e da acupuntura em medicina veterinária complementar, assinala que tem utilizado o ozônio em cães e gatos nos casos de enfermidades virais, respiratórias, bacterianas, fúngicas, enfermidades cancerosas, oftálmicas, dermatológicas, ortopédicas, nas discopatias, entre outros.
A Aboz também adverte sobre algumas contra-indicações para o uso dessa terapia. A principal é a deficiência orgânica da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo, em função do risco de hemólise. Além disso, é preciso estabilizar quadros de hipertireoidismo, diabetes mellitus, hipertensão severa e anemia grave, antes da aplicação da ozonioterapia.
As concentrações do ozônio medicinal, assim como o modo de aplicação, variam segundo a doença a ser tratada. Na clínica veterinária, a ozonioterapia é bastante utilizada nas patologias resultantes de problemas do sistema circulatório, devido à grande capacidade do ozônio de estimular a circulação não apenas do sangue, mas também da linfa por todo o organismo.
Como se sabe, o mau funcionamento de um sistema tão complexo como o circulatório, pode acarretar os mais variados tipos de doenças, que o médico veterinário deve levar em conta em um exame clínico de qualquer pet. Mesmo por que são patologias silenciosas, tanto em pessoas como em animais.
A maior parte das doenças do sistema circulatório está associada à função cardíaca. Vamos repassar algumas delas, para que você fique ainda mais atento em suas próximas avaliações clínicas.
Na maior parte das vezes, apenas o auscultar e o apalpar já podem garantir bons indícios da patologia. Logicamente, nos casos mais graves, é preciso solicitar exames especializados. A busca da ozonioterapia tanto para cães como gatos, como vimos, também é indicada na maioria das doenças circulatórias.
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