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Como abordar o tutor do paciente com dor crônica.

Feb 08, 2022

PRINCIPAIS SINAIS QUE PODEM IDENTIFICAR A DOR CRÔNICA NOS PACIENTES

A avaliação de dor é um sinal vital que deve estar incluso na avaliação clínica dos pets. As observações com relação ao comportamento do paciente em sua rotina constituem o método mais preciso para identificar um quadro de dor e, mesmo que o pet não manifeste tais alterações no ambiente veterinário, devemos contar com o relato dos tutores e focar em perguntas que possam reconhecer e permitir a avaliação da dor.

As condições clínicas mais comuns observadas na rotina hoje, que consistem na dor crônica, são animais com câncer, especialmente osteossarcoma ou metástases ósseas, doença periodontal crônica, doença articular degenerativa, estomatite plasmocítica linfocítica felina, doença do trato urinário inferior idiopática felina, doença inflamatória intestinal, doença do disco intervertebral, otite externa e pancreatite.

Quando o paciente está sofrendo de dor crônica podemos pensar em, pelo menos, cinco pontos a serem questionados.

1) DIMINUIÇÃO DA ATIVIDADE E INTOLERÂNCIA AO EXERCÍCIO

Os tutores dos pets podem perceber que ele já não quer mais fazer longas caminhadas, tornando-se relutante à seguir em passeios, ou já não vai mais com o mesmo entusiasmo, ou ainda, que está deitando mais que o habitual.

Geralmente este processo é interpretado erroneamente, apenas como um processo normal do envelhecimento, mas é importante que saibam que estas mudanças podem estar associadas a uma condição médica, que necessita de acompanhamento.

Questionamentos que podem ser abordados: Seu animal de estimação esteve mais/menos ativo nos últimos tempos? A distância, velocidade e o número de caminhadas são os mesmos?

2) MUDANÇAS NAS ATIVIDADES DIÁRIAS

Este ponto é importante para conhecer se o pet começou ou deixou de fazer algo que fazia parte de sua rotina. 

Questionamentos que podem ser abordados: Seu animal de estimação está subindo nos móveis/banco do carro/escadas como de costume? É relutante ao subir ou descer escadas? Levantar-se é mais desafiador para ele que antes? Ele se alonga rotineiramente depois de acordar? Está interagindo menos com você e outros animais de estimação?

3) URINA E FEZES EM LOCAL INADEQUADO

Discernir entre problemas comportamentais à condições médicas é essencial. Quando associado a condições médicas o pet pode estar sentindo dor ou ainda, pode se machucar ao caminhar até o local de eliminação de excretas, seja por ser um local distante, seja por necessitar passar por algum espaço onde tenha dificuldades, como piso escorregadio ou degraus, por exemplo; ainda, eles podem defecar enquanto caminham por encontrarem dificuldades em posicionar-se normalmente, geralmente associado à condições dolorosas nas extremidades posteriores.

Questionamentos que podem ser abordados: Qual a postura que seu animal de estimação utiliza para urinar e defecar? Os hábitos higiênicos dele mudaram? Estão urinando e defecando nos locais habituais?

4) CLAUDICAÇÃO

Os tutores podem queixar-se do pet estar com uma marcha diferente da habitual, estar a favorecer algum dos membros, ser incapaz de permanecer por muito tempo em um local especifico, estar deslocando o peso do corpo para algum dos lados ou para os membros da frente, ou para os membros de trás.

Questionamentos que podem ser abordados: você percebeu se o pet está poupando algum dos membros enquanto caminha ou mantem-se sentado? Notou alguma mudança ao andar, como pular, por exemplo? Notou alguma mudança na postura, como rigidez ou curvar-se quando em estação?

5) AGRESSÃO

Outro problema que pode ser confundido com comportamental. Alguns animais, com o intuito de proteger o membro ou local onde há dor, podem acabar rosnando ou mesmo mordendo quem tenta manipulá-lo, seja por carícia ou avaliação.

Questionamentos que podem ser abordados: Seu animal de estimação deixa que você o acaricie normalmente? Tem algum local do corpo onde ele não gosta que seja manipulado? É excepcionalmente agressivo ao brincar com outros animais?

Detectar a dor crônica em cães e gatos é um desafio, mas fazer as perguntas ao tutor com o foco correto pode ajudar a equipe veterinária a reconhecer o ponto de preocupação. Os tutores dificilmente associam os problemas de comportamento dos seus pets com dor crônica, mas seu tratamento melhorará a qualidade de vida do paciente e fortalecerá a relação veterinário-tutor-paciente.

Dra. Larissa Seibt

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